quarta-feira, 27 de abril de 2016

8º ANO - 2º BIMESTRE - SISTEMA CARDIOVASCULAR



Sistema circulatório

O coração e os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório. A circulação do sangue permite o transporte e a distribuição de nutrientes, gás oxigênio e hormônios para as células de vários órgãos. O sangue também transporta resíduos do metabolismo para que possam ser eliminados do corpo.

O coração
O coração de uma pessoa tem o tamanho aproximado de sua mão fechada, e bombeia o sangue para todo o corpo, sem parar; localiza-se no interior da cavidade torácica, entre os dois pulmões. O ápice (ponta do coração) está voltado para baixo, para a esquerda e para frente. O peso médio do coração é de aproximadamente 300 gramas, variando com o tamanho e o sexo da pessoa.
Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:
  • Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
  • Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.
O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda.


O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente constituído por três camadas:
  • Pericárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, facilitando seu movimento ininterrupto;
  • Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração;
  • Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio.
Quando, por algum motivo, as artérias coronárias – ramificações da aorta – não conseguem irrigar corretamente o miocárdio, pode ocorrer a morte (necrose) de células musculares, o que caracteriza o infarto do miocárdio.
Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artériasveias e capilares.

Artérias
As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado (rico em gás oxigênio), mas as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado (pobre em gás oxigênio) do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano.
Veias
As veias são vasos de paredes relativamente fina, que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração. A maioria das veias transporta sangue não oxigenado, mas as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões para o coração. As veias cavas superior e inferior são as mais calibrosas do corpo humano.

No esquema abaixo você pode ver o caminho percorrido pelo sangue em nosso corpo. Observe-o e acompanhe a explicação.
sangue oxigenado é bombeado pelo ventrículo esquerdo do coração para o interior da aorta. Essa artéria distribui o sangue oxigenado para todo o corpo, através de inúmeras ramificações, como a artéria coronária, a artéria carótida e a artéria braquial.
Nos tecidos, o sangue libera gás oxigênio e absorve gás carbônico.  O sangue não oxigenado e rico em gás carbônico é transportado por veias diversas, que acabam desembocando naveia cava superior e na veia cava inferior. Essas veias levam então o sangue não oxigenado até o átrio direito. Deste, o sangue não oxigenado passa para o ventrículo direito e daí é transportado até os pulmões pelas artérias pulmonares.
Nos pulmões, o sangue libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio captado do ambiente pelo sistema respiratório. Esse fenômeno, em que o sangue é oxigenado, chama-se hematose.
Então, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo do coração, transportado pelas veias pulmonares. Do átrio esquerdo, o sangue oxigenado passa para o ventrículo esquerdo e daí é impulsionado para o interior da aorta, reiniciando o circuito.
Num circuito completo pelo corpo, o sangue passa duas vezes pelo coração humano.
 
Nesse circuito são reconhecidos dois tipos de circulação: a pequena circulação e a grande circulação.

Pequena circulação- Também chamada circulação pulmonar, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, o sangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado.
Grande circulação- Também chamada de circulação sistêmica, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos.
Pelo que foi descrito, e para facilitar a compreensão:
  • aorta transporta sangue oxigenado do ventrículo esquerdo do coração para os diversos tecidos do corpo;
  • as veias cavas (superior e inferior) transportam sangue não oxigenado dos tecidos do corpo para o átrio direito do coração;
  • as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado do ventrículo direito do coração até os pulmões;
  • as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões até o átrio esquerdo do coração.
Observe que, pelo lado direito do nosso coração, só passa sangue não oxigenado e, pelo lado esquerdo, só passa sangue oxigenado. Não ocorre, portanto, mistura de sangue oxigenado com o não oxigenado.
A separação completa entre esses dois tipos de sangue contribui para a manutenção de uma temperatura constante no nosso organismo. Sendo os tecidos irrigados por sangue oxigenado, não “misturado” com sangue não oxigenado, nossas células recebem uma quantidade suficiente de gás oxigênio, para “queimar” uma quantidade de alimentos capaz de fornecer o calor necessário para manter mais ou menos constante a temperatura do corpo.
Faça frio, faça calor, nossa temperatura interna permanece, em condições normais, em torno de 36,5 ºC.
Vasos capilares
Os vasos capilares – muito finos (são microscópicos) e permeáveis – estão presentes nos tecidos do corpo humano, cedendo nutrientes, gás oxigênio e hormônios às células. Além disso, recolhem gás carbônico e resíduos do metabolismo celular.
Há capilares arteriais e capilares venosos. As artérias se ramificam sucessivamente, formando vasos de calibres menores chamados arteríolas. Estas continuam se ramificando e formam os capilares arteriais.  Os capilares venosos, espalhados pelo nosso corpo, juntam-se até formar vênulas. As vênulas vão se unificando até formar as veias. Assim, o sangue circula em nosso organismo por um sistema fechado de vasos, pela continuidade dos capilares venosos e arteriais nos tecidos.

Como o coração funciona
Trabalhando como uma espécie de bomba, o coração se contrai e se dilata. Encostando a orelha no peito de um colega, por exemplo, você deverá ouvir facilmente as batidas do coração. A contração da musculatura do coração é chamada sístole, o relaxamento é chamado diástole. Primeiro ocorre a sístole dos átrios: o sangue passa para os ventrículos. Em seguida, ocorre a sístole dos ventrículos: o sangue é impelido para as artérias pulmonares e para a aorta. Após a sístole, ocorre a diástole da musculatura cardíaca nos átrios e nos ventrículos: os átrios se enchem de sangue e o processo da sístole recomeça.

Medindo a pressão arterial
 
Alternando-se ordenadamente, a sístole e adiástole são responsáveis pelo fluxo de sangue dentro dos vasos sanguíneos.
A pressão arterial que se mede é a pressão exercida pelo sangue sobre as paredes da aorta após ser lançado pelo ventrículo esquerdo. Ela é diferente na sístole e na diástole ventricular. 
A pressão arterial máxima corresponde ao momento em que o ventrículo esquerdo bombeia sangue para dentro da aorta e esta se distende. Já a pressão arterial mínima é a que se verifica no final da diástole do ventrículo esquerdo. 
A pressão arterial máxima corresponde a 120 mm de mercúrio, enquanto a pressão arterial mínima corresponde a 80 mm de mercúrio. Estes são os valores normais para a população. Daí falar-se em 120 por 80 ou 12 por 8 para a pressão normal.
Por meio de um aparelho chamado esfigmomanômetro, a pressão arterial pode ser medida pelo médico ou profissional habilitado. O valor da pressão arterial é um dado importante na avaliação das condições de saúde do sistema cardiovascular.

Sangue
Você já sabe que o sangue transporta nutrientes, gases respiratórios, hormônios e resíduos do metabolismo. Embora o sangue pareça um líquido vermelho completamente homogêneo, ao microscópio óptico podemos observar que ele é constituído basicamente de: plasma, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
O plasma é a porção líquida do sangue, contém água (mais de 90%), proteínas e sais minerais diversos, glicose e vitaminas, entre outras substâncias.

Os glóbulos vermelhos
Os glóbulos vermelhos são também denominados eritrócitos ou hemácias. Veja novamente o aspecto dessas células na foto ao lado.
As hemácias são as mais numerosas células sanguíneas. No ser humano, existem cerca de 5 milhões delas por milímetro cúbito de sangue. Elas são produzidas na medula óssea vermelha dos ossos. Não possuem núcleo e apresentam a forma de disco côncavo em ambos os lados. A forma discoide e a concavidade em ambos os lados garantem uma superfície relativamente grande para a captação e a distribuição de gás oxigênio.
A cor vermelha das hemácias se deve à presença do pigmento hemoglobina. O gás oxigênio se combina com a hemoglobina, formando a oxiemoglobina. Nos tecidos, essa combinação é desfeita e o gás oxigênio passa para o interior das células. Assim, as hemácias promovem o transporte e a distribuição de gás oxigênio para todas as partes do corpo. 
As hemácias duram cerca de 90 a 120 dias. Após esse período elas envelhecem e morrem e na própria medula óssea são repostas.
Os glóbulos brancos
Os glóbulos brancos ou leucócitos são as células de defesa do organismo que destroem os agentes estranhos, por exemplo, as bactérias, os vírus e as substâncias tóxicas que atacam o nosso organismo e causam infecções ou outras doenças. Leucócito é uma palavra composta, de origem grega, que significa “célula branca”: leuco significa “branco” e cito, “célula”.
Os leucócitos constituem o principal agente do sistema de defesa do nosso organismo, denominado também de sistema imunológico. No sangue, há de vários tipos, de diferentes formatos, tamanhos e formas de núcleo.  Eles são: neutrófilos, monócitos, basófilos, eusinófilos, linfócitos.


Os leucócitos são maiores que as hemácias, no entanto a quantidade deles no sangue é bem menor. Quando o organismo é atacado por vírus ou bactérias, o número de leucócitos aumenta significativamente.  Atuam na defesa do organismo de dois modos:
  • Fagocitose – nesse processo, as células sanguíneas de defesa englobam, digerem e destroem os microrganismos invasores. Fagocitose é uma palavra composta de origem grega, formada por fago, que significa “comer, digerir”, e cito “célula”.
  • Produção de anticorpos – os anticorpos, proteínas especiais, neutralizam a ação das substâncias tóxicas produzidas pelos seres invasores ou presentes em alimentos e substâncias diversas.
pus que geralmente se acumula no local de um machucado é formado pelo conjunto de leucócitos, de microrganismos mortos, e também o líquido que sai dos capilares nos pontos infectados, provocando inchaço.

Microscopia eletrônica mostrando as hemácias (em vermelho) e um glóbulo branco (em branco).
O tempo de vida dos leucócitos ou glóbulos brancos varia. Em período de intensa atuação em defesa do organismo, duram horas e até dias.

Anticorpos, vacinas e soros
As vacinas são produtos constituídos por microorganismos mortos ou atenuados (enfraquecidos) ou, ainda, por toxinas produzidas por esses microorganismos inativadas em laboratório.  Assim, as vacinas contêm antígenos incapazes de provocar a doença, mas capazes de induzir o nosso organismo a produzir anticorpos, Dessa forma, se o indivíduo, depois de vacinado, entrar em contato com esses microrganismos, o corpo já terá anticorpos suficientes para sua defesa.
É importante que todas as crianças sejam vacinadas segundo recomendações médicas. Nos postos de saúde são aplicadas vacinas contra muitas doenças, como a tuberculose, o tétano, a difteria, a coqueluche, o sarampo e a paralisia infantil. É necessário que os pais levem seus filhos para tomarem as vacinas na época certa. Quando tomadas adequadamente, as vacinas imunizam a pessoa contra às doenças as quais se destinam.


Entretanto, o corpo de uma pessoa pode ser invadido por um microorganismo contra o qual ainda não está protegido. Suponha que a ação desse microorganismo seja rápida e devastadora e que a pessoa não tenha tempo hábil para produzir anticorpos. Nesse caso, é preciso que a pessoa receba o soro terapêutico, que já contém os anticorpos necessários à inativação dos antígenos.
A ciência moderna dispõe de soros terapêuticos contra a ação de toxinas produzidas por certos microorganismos (exemplo: soro antitetânico, que combate o tétano, doença causada por um tipo de bactéria), e também contra toxinas presentes no veneno de certos animais, como cobras peçonhentas (soro antiofídico).  Assim, enquanto as vacinas contêm antígenos e induzem o organismo a produzir anticorpos, os soros já contêm anticorpos prontos. As vacinas, graças às “células de memória”, que podem garantir uma imunidade duradoura; os soros curam a doença, proporcionando uma proteção rápida, mas temporária.

As plaquetas
As plaquetas são fragmentos celulares bem menores que as células sanguíneas, ou seja, menores que as hemácias e os leucócitos. As plaquetas atuam na coagulação do sangue. Quando há um ferimento com rompimento do vaso sanguíneo, ocorre uma série de eventos que impedem a perda de sangue.
coagulação ou formação de coágulo, que faz parte desse processo, se dá quando filamentos de uma proteína do plasma transformada, formam uma espécie de rede e impedem a passagem do sangue. O coágulo evita hemorragia, isto é, a perda de sangue que pode ocorrer na superfície do corpo – por exemplo, na pele do braço ou da mão – ou nos órgãos internos, como estômago e intestino. À medida que o vaso sanguíneo vai se cicatrizando, o coágulo seca e é reabsorvido pelo organismo.

Os grupos sanguíneos
O fornecimento seguro de sangue de um doador para um receptor requer o conhecimento dos grupos sanguíneos. Estudaremos dois sistemas de classificação de grupos sanguíneos na espécie humana: os sistemas ABO e Rh. Nos seres humanos existem os seguintes tipos básicos de sangue em relação aos sistema ABO: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O.
Cada pessoa pertence a um desses grupos sanguíneos.  Nas hemácias humanas podem existir dois tipos de proteínas: o aglutinogênio A e o aglutinogênio B. De acordo com a presença ou não dessas hemácias, o sangue é assim classificado:
  • Grupo A – possui somente o aglutinogênio A;
  • Grupo B – possui somente o aglutinogênio B;
  • Grupo AB – possui somente o aglutinogênio A e B;
  • Grupo O – não possui aglutinogênios.
No plasma sanguíneo humano podem existir duas proteínas, chamadas aglutininas: aglutinina anti-A e aglutinina anti-B.


Se uma pessoa possui aglutinogênio A, não pode ter aglutinina anti-A, da mesma maneira, se possui aglutinogênio B, não pode ter aglutinina anti-B. Caso contrário, ocorrem reações que provocam a aglutinação ou o agrupamento de hemácias, o que pode entupir vasos sanguíneos e comprometer a circulação do sangue no organismo. Esse processo pode levar a pessoa à morte.
Na tabela abaixo você pode verificar o tipo de aglutinogênio e o tipo de aglutinina existentes em cada grupo sanguíneo:

Grupo sanguíneo
Aglutinogênio
Aglutinina
A
A
anti-B
B
B
anti-A
AB
A e B
Não possui
O
Não possui
anti-A e anti-B

A existência de uma substância denominada fator Rh no sangue é outro critério de classificação sanguínea. Diz-se, então, que quem possui essa substância no sangue é Rh positivo; quem não a possui é Rh negativo. O fator Rh tem esse nome por ter sido identificado pela primeira vez no sangue de um macaco Rhesus.
transfusão de sangue consiste em transferir o sangue de uma pessoa doadora para outra receptora. Geralmente é realizada quando alguém perde muito sangue num acidente, numa cirurgia ou devido a certas doenças.
Nas transfusões de sangue deve-se saber se há ou não compatibilidade entre o sangue do doador e o do receptor. Se não houver essa compatibilidade, ocorre aglutinação das hemácias que começam a se dissolver (hemólise).  Em relação ao sistema ABO, o sangue doado não deve conter aglutinogênios A; se o sangue do receptor apresentar aglutininas anti-B, o sangue doado não pode conter aglutinogênios B.


Em geral os indivíduos Rh negativos (Rh-) não possui aglutininas anti-Rh. No entanto, se receberem sangue Rh positivo (Rh+), passam a produzir aglutininas anti-Rh. Como a produção dessas aglutininas ocorre de forma relativamente lenta, na primeira transfusão de sangue de um doador Rh+ para um receptor Rh-, geralmente não há grandes problemas. Mas, numa segunda transfusão, deverá haver considerável aglutinação das hemácias doadas. As aglutininas anti-Rh produzidas dessa vez, somadas as produzidas anteriormente, podem ser suficientes para produzir grande aglutinação nas hemácias doadas, prejudicando os organismos.
 O sistema linfático

Além do sistema cardiovascular (circulatório) para a circulação do sangue, o corpo humano possui outro sistema de fluxo de líquido: o sistema linfático.
O sistema linfático compreende o conjunto formado pela linfa, pelos vasos linfáticose órgãos como os linfonodos, o baço, otimo e as tonsilas palatinas.  A linfa é um líquido claro, ligeiramente amarelado, que flui lentamente em nosso corpo através dos vasos linfáticos. Parte do plasma sanguíneo extravasa continuamente dos vasos capilares, formando um material líquido entre as células dos diversos tecidos do organismo – o líquido intercelular ou intersticial.
Uma parte desse líquido intercelular retorna aos capilares sanguíneos, carregando gás carbônico e resíduos diversos. Outra parte – a linfa – é recolhida pelos capilares linfáticos. Os capilares linfáticos transportam a linfa até vasos de maior calibre, chamados vasos linfáticos. Esses vasos semelhantes às veias, por sua vez, desembocam em grandes veias, onde a linfa é liberada, misturando-se com o sangue. Ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos passam pelo interior de pequenos órgãos globulares, chamados linfonodos. Os vasos linfáticos passam ainda por certos órgãos, como as tonsilas palatinas (amídalas) e o baço.
O sistema linfático não possui um órgão equivalente ao coração. A linfa, portanto, não é bombeada como no caso do sangue. Mesmo assim se desloca, pois as contrações musculares comprimem os vasos linfáticos, provocando o fluxo da linfa.
Os vasos linfáticos possuem válvulas que impedem o refluxo (retorno) da linfa em seu interior: assim, ela circula pelo vaso linfático num único sentido. O sistema linfático auxilia o sistema cardiovascular na remoção de resíduos, na coleta e na distribuição de ácidos graxos e gliceróis absorvidos no intestino delgado e contribui para a defesa do organismo, produzindo certos leucócitos, como os linfócitos.
 

terça-feira, 26 de abril de 2016

7º ANO - 2º BIMESTRE - AS BACTÉRIAS



Reino Monera

O reino monera é formado por bactériascianobactérias e arqueobatérias (também chamadas arqueas), todos seres muito simples, unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente menores do que 8 micrômetros ( 1µm = 0,001 mm).
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados em todos os ecossistemas da Terra e são de grande importância para a saúde, para o ambiente e a economia. As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio: mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos seres vivos.
Exemplos da importância das bactérias:
  • na decomposição de matéria orgânica morta. Esse processo é efetuado tanto aeróbia, quanto anaerobiamente;
  • agentes que provocam doença no homem;
  • em processos industriais, como por exemplo, os lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do leite em coalhada;
  • no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser utilizado pelas plantas;
  • em Engenharia Genética e Biotecnologia para a síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o hormônio de crescimento.

Estrutura das Bactérias
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos, podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos coloniais de diversos formatos. A célula bacterianas contém os quatro componentes fundamentais a qualquer célula: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular, que constitui o único cromossomo bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma ser denominada nucleóide. Externamente à membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética, de composição química específica de bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para resistência a antibióticos.

 

Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso, chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em um experimento, ratos infectados com pneumococo sem cápsula tiveram a doença porém não morreram, enquanto pneumococos capsulados causaram pneumonia letal.
A parede da célula bacteriana, também conhecida como membrana esquelética, reveste externamente a membrana plasmática, e é constituída de uma substância química exclusiva das bactérias conhecida comomureína (ácido n-acetil murâmico).

A Diversidade Metabólica das Bactérias

Se há um grupo de seres que apresenta grande diversidade metabólica, certamente é o das bactérias. Existem espécies heterótrofas e espécies autótrofas. Dentre as primeiras, destacam-se as parasitas, as decompositoras de matéria orgânica e as que obtêm matéria orgânica de outros seres vivos, com os quais se associam sem prejudicá-los. Dentre as autótrofas, existem espécies que produzem matéria orgânica por fotossíntese e outras que produzem por quimiossíntese.

As bactérias Heterótrofas
As bactérias parasitas são as que, por meio de inúmeros mecanismos, agridem outros seres vivos para a obtenção de alimento orgânico e causam inúmeras doenças. As decompositoras (frequentemente denominadas sapróvoras, saprofíticas ou saprofágicas) obtêm o alimento orgânico recorrendo à decomposição da matéria orgânica morta e são importântes na reciclagem dos nutrientes minerais na biosfera.
As que são associadas as outros seres vivos são denominadas de simbiontes, e não agridem os parceiros. É o caso das bactérias encontradas no estômago dos ruminantes (bois, cabras), que se nutrem da celulose ingerida por esses animais, fornecendo, em troca, aminoácidos essenciais para o metabolismo protéico do mesmo.
Muitas bactérias heterótrofas são anaeróbias obrigatórias, como o bacilo do tétano. São bactérias que morrem na presença de oxigênio. Nesse caso a energia dos compostos orgânicos é obtida por meio de fermentação. As anaeróbicas facultativas, por outro lado, vivem tanto na presença como na ausência de oxigênio.
Outras espécies só sobrevivem em presença de oxigênio - são as aeróbias obrigatórias. Um curioso grupo de bactérias é o que realiza a respiração aeróbia. Nessa modalidade de metabolismo energético existem todas as etapas típicas da respiração celular. Muda apenas o aceptor final de elétrons na cadeia respiratória. No lugar do oxigênio, essas bactérias utilizam nitrato, nitrito ou sulfato, obtendo no final, praticamente o mesmo rendimento energético verificado na respiração celular aeróbia. É o que ocorre com as bactérias desnitrificantes que participam do ciclo do nitrogênio na natureza. Nelas o aceptor final de elétrons é o nitrato.

9º ANO 2º BIMESTRE - ORGANIZANDO OS ELEMENTOS: A CLASSIFICAÇÃO PERIODICA


TABELA PERIÓDICA MODERNA ATUAL.


História da Tabela Periódica

A tabela periódica dos elementos químicos é reconhecida e adotada internacionalmente e segue os padrões da União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). Ela é uma tabela que dispõe os elementos de forma sistemática, em função de suas propriedades.
Dimitri Ivanovich Mendeleiev é um químico russo considerado o inventor da tabela periódica. Ele iniciou seus estudos sobre a sistematização dos elementos de acordo com as propriedades em 1860.
Nessa época, os cientistas já sabiam que cada elemento químico possuía diferentes massas atômicas e que poderiam ser organizadas em ordem crescente dessas massas, só não conseguiam formular um modelo para representá-los. Ele se apoiou e estudou as tentativas dos outros cientistas que o antecederam e começou a escrever os elementos de acordo com as propriedades químicas de cada um.
Enquanto escrevia um livro de química inorgânica, organizou os elementos na forma de uma tabela. Ele criou uma carta para cada um dos 63 elementos que eram conhecidos naquela época, e cada carta tinha o símbolo do elemento, a massa atômica e suas propriedades químicas e físicas. Organizou as cartas em ordem crescente de suas massas atômicas, e agrupou-as em elementos de propriedades semelhantes, formando a tabela periódica.
Mesmo assim, o modelo criado possuía alguns erros que foram identificados pela comunidade científica e outros cientistas complementaram os estudos e corrigiram os erros da tabela periódica.

O Estudo dos Elementos Químicos

Anteriormente a criação de Mendeleiev, haviam elementos conhecidos desde a antiguidade como a prata, o chumbo, o ouro e o cobre, mas somente em 1669, com os estudos de Henning Brand, o elemento fósforo, por exemplo, foi reconhecido como um elemento da tabela periódica. Após isso, outros elementos foram encontrados na natureza. A partir daí, houve a necessidade de organização e diversos cientistas tentaram formular um sistema que organizava os elementos químicos.
O primeiro cientista a tentar organizar esses elementos foi o físico e químico inglês John Dalton. No século XIX, os valores das massas atômicas já tinham sido definidos de acordo com valores aproximados. Ele selecionou e organizou os elementos em ordem crescente de acordo com a massa atômica de cada um que ele havia calculado, descrevendo suas propriedades e compostos.
A descrição ficou incoerente, pois elementos semelhantes ficaram longe um do outro, sem contar que Dalton utilizou um método que tornava o número da massa atômica duvidosa.
No ano de 1829, o químico alemão Johann Wolfgang Döbereiner definiu a organização dos elementos de acordo com um mesmo critério. Ele percebeu que elementos como o bário, estrôncio e cálcio, que formam uma tríade, possuem características em comum: a massa do átomo de estrôncio corresponde à média dos valores das massas atômicas dos outros dois elementos. Ele pôde verificar isso em outro grupo de elementos, exceto no grupo de metais que não podiam ser agrupados em tríades. Seus experimentos não foram interessantes para a comunidade científica da época.
Em 1862, Alexandre Chancourtois, um geólogo francês apresentou o modelo chamado parafuso telúrico. Ele organizou os elementos em ordem crescente de massas atômicas de acordo com um parafuso. Pegou um cilindro e o dividiu em 16 faixas de linhas verticais e inseriu os elementos com propriedades semelhantes um sob os outros em ordem crescente. O único problema do modelo era que apesar de alguns elementos estarem na posição certa, eles  possuíam propriedades diferentes.
Outro cientista a propor um modelo para a tabela periódica foi John Alexander Newlands, um químico inglês que foi inspirado pelas notas musicais. Na sequência de sete notas musicais (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) que se iniciam com DÓ, a oitava nota é o Dó que se repete juntamente com essa sequência. Em 1864, ele enfileirou os elementos químicos que já eram conhecidos na época em linhas horizontais, sendo que em cada linha haviam sete elementos, sempre em ordem crescente de massas atômicas. Quando terminava a linha o primeiro elemento de cada uma era o oitavo em relação a linha anterior. Seu modelo foi nomeado de Lei das Oitavas.
Esse modelo só era coerente até o elemento cálcio, os outros elementos após ele não eram aplicados a sua regra. Por ter atribuído as notas, ele foi desprezado pela Sociedade Química de Londres. Mesmo assim, ele contribuiu para a noção de periodicidade da tabela.
Antes de Mendeleiev publicar a proposta de sua classificação dos elementos, em 1864, o químico alemão Julius Lothar Meyer havia proposto um modelo bem parecido com o dele, mas este havia demorado para publicar, pois revisava muito os resultados e acabou perdendo os créditos pela descoberta.

As descobertas após Mendeleiev

Em 1913, Henry Gwyn-Jeffreys Moseley, um físico inglês, resolveu o problema das tabelas criadas por Mendeleiev e Meyer, que possuía alguns erros como os valores da massa atômica e a falta de elementos que não possuíam esse valor, deixando a tabela com lacunas. Esse cientista descobriu que o número atômico poderia ser utilizado como um critério para organizar os elementos químicos, ao invés de se utilizar a massa atômica. As lacunas que existiam na tabela foram preenchidas mais tarde com a descoberta de outros elementos. Essa tabela ficou muito parecida a que é utilizada atualmente, pois já haviam as linhas conhecidas como níveis ou períodos e as colunas conhecidas como grupos ou famílias.
Até hoje, se utiliza esse critério para definir um elemento da tabela e as alterações feitas são apenas para adicionar novos elementos naturais e sintetizados e para ajustar os valores das massas atômicas.
Uma grande modificação realizada na tabela periódica foi feita pelo cientista americano Glenn Theodore Seaborg. Quando ele trabalhava no projeto Manhattan para o desenvolvimento da bomba atômica, como chefe da repartição que estudava sobre os elementos transurânicos, elementos com número atômico acima de 92, ele descobriu o plutônio juntamente com outros cientistas, além de outros elementos do mesmo tipo. Com isso, ele pôde explicar algumas propriedades de elementos conhecidos e até de outros que não haviam sido identificados. Ele adicionou os novos elementos na série dos lantanídeos em 1945, publicando uma nova versão da tabela periódica e em 1951 ganhou o Prêmio Nobel de Química.

Entendendo a Tabela Periódica

Tabela PeriódicaLegenda Tabela Periódica
A tabela é dividida de acordo com a natureza do elemento:
  • Períodos: São as linhas horizontais da tabela, ao todo existem 7 períodos.
  • Famílias / Grupos: São as linhas verticais da tabela, e atualmente possui 18 famílias.
Os dois períodos que ficam separados da tabela, são os elementos de transição interna, os Lantanídeos e Actinídeos.
Simbologia: o símbolo é a letra inicial maiúscula do elemento em Latim, e as vezes é seguida de uma segunda letra minúscula, mas só quando necessário, por exemplo, quando já existe um elemento que utiliza a mesma letra maiúscula.

Famílias da Tabela Periódica

As famílias ou grupos são as linhas verticais presentes na tabela periódica. Recomendam-se que essas famílias sejam numeradas apenas de 1 a 18, da esquerda para a direita.
Os elementos que estão na mesma coluna vertical são identificados como da mesma família. Assim, eles possuem propriedades periódicas químicas e físicas equivalentes. Assim, esses elementos são organizados no mesmo grupo porque possuem as mesmas configurações de elétrons na camada de valência (última camada).
As famílias são numeradas, iniciando-se pelo número 1A e vai até o 0 ou 8A (18). Além das famílias numeradas existe uma classificada com a letra B. Na tabela periódica os elementos podem se classificados também como Metais, Não-Metais e Semi-Metais e cada família faz parte de um desses grupos. Suas famílias são:
Tabela Famílias Elementos Químicos
Os Metais são elementos que conduzem eletricidade e calor e em condições ambientes podem ser encontrados na forma sólida.
Os Semi-Metais são elementos que possuem características de metais e não metais e podem ser chamados de metalóides.
Os Não-Metais ou Ametais são mau condutores de calor e eletricidade.
As últimas linhas da tabela periódica, estão os lantanídeos e os actinídeos, que fazem parte dos metais de transição interna.
Veja abaixo a descrição de cada grupo da tabela periódica:

Metais Alcalinos

É a primeira família da tabela periódica, formada pelos metais Lítio (Li), Sódio (Na), Potássio (K), Rubídio (Rb), Frâncio (Fr) e Césio (Cs). O hidrogênio não faz parte dessa família e somente é classificado como um não-metal.
As características mais importantes dos elementos dessa família são a leveza, a reatividade, moleza e eletropositividade. Os metais reagem rapidamente com a água formando hidróxidos, que são substâncias alcalinas que liberam hidrogênio. No contato com o oxigênio eles produzem óxidos.

Metais Alcalinos-Terrosos

É a segunda família da tabela periódica e é composta pelos seguintes elementos Berílio (Be), Bário (Ba), Radio (Ra), Estrôncio (Sr), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg). Essa família recebeu esse nome pois os seus óxidos eram chamados de terras.
As principais características desses elementos é que eles são leves, coloridos, moles e sólidos. Quando entram em contato com a água também reagem rapidamente formando hidróxidos. Quando reagem com a família dos Halogênios formam sais iônicos.

Metais de Transição

São representados na tabela periódica pelo grupo B. Os elementos que fazem parte do grupo dos Lantanídeos e os Actinídeos são considerados metais de transição interna, apesar de alguns livros não o classificarem nessa categoria por causa de suas propriedades físicas e químicas.
As propriedades químicas de um elemento vão depender de onde estão localizados os seus elétrons, nos níveis de energia mais externos. Esses metais são duros e possuem um alto ponto de ebulição e fusão. São bom condutores de calor e eletricidade. Podem formar ligas entre si.
Lantanídeos (lantanoides) – o nome desse grupo é proveniente de seu primeiro elemento chamado de lantânio (La). Eles são representados por um conjunto de elementos químicos do 6º período da tabela periódica. São conhecidos pelo nome de terras raras por serem encontrados na forma de óxidos. Esses são elementos de transição interna, assim como os actinídeos e possuem 15 elementos. Eles podem ser encontrados na crosta terrestre em minerais.
Actenídeos (actinoides) – o nome desse grupo faz referência ao primeiro elemento dessa série conhecido como Actínio (Ac). Esse grupo faz parte do 7º período da tabela periódica e é formado por 15 elementos químicos. Assim como os lantanídios são considerados metais de transição interna. Apresentam características comuns, possuem um ciclo de vida curto e todos os seus isótopos transmitem radioatividade.

Família do Boro

São chamados também de aluminóides e são semi-metais. Os elementos que fazem parte dessa família são o Alumínio (Al), o Boro (B), o Índio (In), o Tálio (Ti), o Gálio (Ga) e o Uruntrio (Uut).

Família do Carbono

O elemento Carbono, utilizado para o nome da família possui algumas propriedades que o diferem dos outros elementos como o fato de ser alotrópico e formar várias ligações. Essa família é composta pelos elementos Carbono (C), Germânio (Ge), Silício, (Si), Estanho (Sn), Chumbo (Pb) e Urunquadio (Uuq).

Família do Nitrogênio

Dos elementos dessa família, apenas o Nitrogênio possui uma molécula diatômica. Essa família é formada pelos elementos Fósforo (P), Nitrogênio (N), Arsênio (As), Bismuto (Bi), Antimônio (Sb) e Ununpentio (Uup).

Calcogênio

Essa família é composta por qualquer elemento químico do grupo 6A ou 16 da tabela periódica. Seu nome significa 'originário do cobre' e vem do grego 'khalkos' (cobre) e 'genos' (família de origem nobre). Possuem elementos não-metais e um único elemento radioativo que é o Polônio. Ele é formado pelos elementos Oxigênio (O), Telúrio (Te), Enxofre (S), Polônio (Po), Selênio (Se) e Ununhexium (Uuh).

Halogênio

Essa família é formada pelos elementos do grupo 7A ou 17 que são não-metais. São elementos capazes de formar sais. São elementos muito oxidantes e reativos com metais e não-metais, gases nobres e outras substâncias. É preciso ter cuidado com os elementos dessa família, pois eles são tóxicos e reativos e podem causar danos aos seres vivos. Os elementos que fazem parte dessa família são o Fluor (F), o Cloro (Cl), o Bromo (Br), o Iodo (I), o Astatínio (At) e o Ununséptio (Uus).

Gases Nobres

Essa família é formada pelos elementos do grupo 18 ou 0/8A e elementos pouco reativos e difíceis de se combinarem com outros átomos. Eles estão presentes em grande quantidade na atmosfera terrestre. Eles podem formar compostos com metais. Os elementos que fazem parte do grupo são Argônio (Ar), Hélio (He), Neônio (Ne), Xenônio (Xe), Criptônio (Kr), Radônio (Rn) e Ununóctio (Uuo), um gás que ainda não foi descoberto.

Propriedades Periódicas

As propriedades dos elementos químicos são as características que definem o local em que estarão na tabela periódica, pois eles são classificados de acordo com esses critérios, sendo modificados de acordo com o número atômico. São elas:
Raio Atômico: propriedade que identifica o tamanho do átomo, que é a distância entre o núcleo do átomo e a eletrosfera. Existem dois critérios para definir o tamanho de um átomo, o primeiro é a quantidade de níveis que um átomo possui e o segundo é a quantidade de prótons: quanto maior ele for, maior será a atração sobre os elétrons. O Césio é o elemento químico que possui o maior raio atômico da tabela periódica.
Energia de Ionização: é a energia indispensável para retirar um ou mais elétrons de um átomo isolado no estado gasoso. Dependendo do tamanho do átomo essa energia varia. Se for pequeno, há pouca energia de ionização. Para os elementos de uma mesma família, essa energia aumenta de baixo para cima. Já no mesmo período a energia aumenta da esquerda para a direita.
Potencial de Ionização: é a energia indispensável para retirar um elétron de um átomo isolado no estado gasoso. Assim, esse potencial irá depender do tamanho do átomo. Quanto maior, menor é seu potencial de ionização.
Afinidade Eletrônica: tipo de energia liberada por um átomo isolado que está no estado gasoso durante a captura de um elétron. Numa família ou período, se o raio for menor, a afinidade eletrônica é aumentada.
Eletronegatividade: é a atração de um átomo para receber elétrons em uma ligação química. Ela ocorre de baixo para cima e da esquerda para a direita na tabela periódica.
Eletropositividade: é a perda de elétrons de um átomo em uma ligação química. Quanto mais perda ele tiver, maiores serão as chances de ele ter o caráter metálico. Na tabela periódica, a eletropositividade aumenta da direita para a esquerda nos períodos e nas famílias de cima pra baixo.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

SISTEMA ENDÓCRINO - 8º ANO - 3º BIMESTRE

Sistema Endócrino

O que define a hora de o beber nascer?
O que determina que a mãe produza leite para alimentar o seu bebê?
O que indica que as pessoas não são mais crianças e se tornam adultos sexualmente maduros com características de machos e fêmeas?
O que coordena e integra as funções e as atividades do corpo?
Todas as funções e atividades do nosso corpo são coordenadas e integradas pelo sistema nervoso e pelo sistema endócrino (hormonal). O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que produzem substâncias que tem determinada função no nosso corpo.

As glândulas endócrinas e as suas funções
As glândulas endócrinas produzem e lançam no sangue substâncias reguladoras denominadas hormônios – estes, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até chegar aos órgãos-alvo sobre os quais atuam.



Hipófise
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras glândulas, como a tireoide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e testículos). O hormônio do crescimento é um dos hormônios produzidos pela hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio hormonal. O excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma doença chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o nanismo, ou seja, a falta de crescimento do corpo.

Outro hormônio presente no corpo humano e também produzido pela hipófise é o antidiurético (ADH). Essa substância permite ao corpo economizar água na excreção (formação de urina).


Tireoide


A tireoide produz a tiroxina, hormônio que controla a velocidade de metabolismo do corpo. Se ocorrer hipertireoidismo, isto é, funcionamento exagerado da tireoide, todo o metabolismo fica acelerado: o coração bate mais rapidamente, a temperatura do corpo fica mais alta que o normal; a pessoa emagrece porque gasta mais energia. Esse quadro favorece o desenvolvimento de doenças cardíacas e vasculares, pois o sangue passa a circular com maior pressão. Pode ocorrer o bócio, ou seja, um “papo” causado pelo crescimento exagerado da tireoide. Também pode aparecer a exoftalmia, isto é, os olhos ficam “saltados”.


Se a tireoide trabalha menos ou produz menor quantidade de tiroxina que o normal, ocorre o hipotireoidismo, e o organismo também se altera: o metabolismo se torna mais lento, algumas regiões do corpo ficam inchadas, o coração bate mais vagarosamente, o sangue circula mais
lentamente, a pessoa gasta menos energia, tornando-se mais propensa à obesidade, as respostas físicas e mentais tornam-se mais lentas. Aqui, também pode ocorre o bócio.
Quando o hipotireoidismo ocorre na infância, pode provocar um retardamento físico e mental. Um das possíveis causas dessa doença é a falta (ou insuficiência) de iodo na alimentação, já que o iodo é um elemento presente na composição da tiroxina. Na maioria dos países assim como no Brasil, existem leis que obrigam os fabricantes de sal de cozinha a adicionar iodo nesse produto. Com tal medida, garante-se que a maioria das pessoas consuma diariamente a quantidade necessária de iodo.

AS LEIS DE NEWTON - 9º ANO - 3º BIMESTRE

Leis de Newton

1º Lei de Newton: Inércia

“Todo corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele”
Esse princípio indica que a velocidade vetorial de um ponto material, não varia. Se o ponto estiver em repouso permanece em repouso e, se estiver em movimento, permanece com velocidade constante realizando movimento retilíneo e uniforme. Na prática não é possível obter um ponto material livre da ação de forças. No entanto, se o ponto material estiver sujeito a nenhuma força que atue sobre ele, ele estará em repouso ou descreverá movimento retilíneo e uniforme. A existência de forças, não equilibradas, produz variação da velocidade do ponto material.
A tendência que um corpo possui de permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme, quando livre da ação de forças ou sujeito a forças cuja resultante é nula, é interpretada como uma propriedade que os corpos possuem denominada Inércia.
Quando maior a massa de um corpo maior a sua inércia, isto é, maior é sua tendência de permanecer em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme. Portanto, a massa é a constante característica do corpo que mede a sua inércia.
Um corpo em repouso tende, por sua inércia, a permanecer em repouso. Um corpo em movimento tende, por sua inércia, a manter constante sua velocidade.

EExemplo da primeira lei de Newton: Inérciaxemplo da primeira Lei de Newton:

Um foguete no espaço pode se movimentar sem o auxilio dos propulsores apenas por Inércia.
Quando os propulsores do foguete são desligados ele continua seu movimento em linha reta e com velocidade constante.

2º Lei: Princípio Fundamental da Dinâmica

“A mudança do movimento é proporcional à força motriz impressa e se faz segundo a linha reta pela qual se imprime essa força”
Força, em física, qualquer ação ou influência que modifica o estado de repouso ou de movimento de um corpo. A força é um vetor, o que significa que tem módulo, direção e sentido. Quando várias forças atuam sobre um corpo, elas se somam vetorialmente, para dar lugar a uma força total ou resultante. No Sistema Internacional de unidades, a força é medida em newtons.
Exemplo de força - segunda lei de NewtonUm newton (N) é a força que proporciona a um objeto de 100g de massa uma aceleração de 1m/s²

Exemplo da segunda Lei de Newton:

Os carros podem aumentar e diminuir suas velocidades graças ação de forças aplicadas pelo motor e pelo freio respectivamente.

3º Lei: Princípio da Ação e Reação

“A uma ação sempre se opõe uma reação igual, ou seja, as ações de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e se dirigem a partes contrárias “
Sempre que dois corpos quaisquer A e B interagem, as forças exercidas são mútuas.
Tanto A exerce força em B, como B exerce força em A. A interação entre corpos é regida pelo principio da ação e reação, proposto por Isaac Newton, como veremos a seguir:
Toda vez que um corpo A exerce uma força Fa em um corpo B, este também exerce em A uma força Fb tal que estas forças:
  • Têm mesma intensidade
  • Têm mesma direção
  • Têm sentidos opostos
  • Têm a mesma natureza
Exemplo da terceira lei de Newton - Ação e ReaçãoAs chamadas forças de ação e reação não se equilibram, pois estão aplicadas em corpos diferentes.

Exemplo da terceira lei de Newton:

Para se deslocar, o nadador empurra a água para trás, e, esta por sua vez, o empurra para frente. Note que as forças do par ação e reação tem as características apresentadas anteriormente.

MAMIFEROS - 3º BIMESTRE - 7º ANO


Mamíferos

As aves e os mamíferos são os únicos homeotermos da Terra atual e os únicos a apresentar glândulas mamárias. A capacidade de manter a temperatura do corpo elevada e constante foi o principal fator adaptativo dos representantes desse grupo à praticamente qualquer ambiente terrestre.
Muitos mamíferos voltaram para o meio aquático (baleias, foca, golfinho, peixe-boi) e outros adaptaram-se ao vôo (morcego) e compartilham o meio aéreo com as aves e os insetos.


As características dos mamíferos
Algumas características diferenciam os mamíferos de todos os outros vertebrados:
  • glândulas mamárias produtoras de leite com substâncias nutritivas para alimentação dos recém-nascidos;
  • corpo coberto por pêlos, estruturas de origem epidérmica, ricas em queratina, e elaboradas por folículos pilosos;
  • artéria aorta voltada para o lado esquerdo do coração (nas aves, a aorta é voltada para o lado direito do coração);
  • pele contendo glândulas sebáceas, cuja secreção oleosa lubrifica os pelos e a própria pele, e glândulas sudoríparas, produtoras de suor (na verdade, um filtro de água, sais e uréias), recurso de manutenção da homeotermia e via de eliminação de excretas. Ambas as glândulas têm origem epidérmica;
  • músculo diafragma, localizado entre o tórax e o abdômen, utilizado na ventilação pulmonar;
  • placenta, órgão que regula as trocas de alimento entre o sangue materno e o sangue fetal, presente na maioria dos mamíferos chamados placentários.
  
Feto humano e de golfinho envoltos pela placenta
Respiração, excreção e circulação em mamíferos
As trocas gasosas respiratórias ocorrem exclusivamente nos pulmões, cuja superfície é ampliada por alvéolos ricamente vascularizados. Os movimentos respiratórios de inspiração e expiração ocorrem graças à ação de músculos localizados entre as costelas (musculatura intercostal) e, também, pela ação do diafragma, importante músculo estriado que separa o tórax do abdômen.
Nos mamíferos, o principal produto de excreção nitrogenada é a ureia, substância sintetizada no fígado e filtrada no rim.
O coração dos mamíferos, a exemplo das aves, possui quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos. Não há misturas de sangues. A diferença em relação ao coração das aves é que a artéria aorta, que encaminha o sangue oxigenado para o corpo, é curvada para o lado esquerdo do coração. A circulação é dupla e completa.


Os dentes
Os mamíferos apresentam uma grande variedade de dentes com funções específicas. Os incisivos são planos e servem para cortar; os caninos são pontiagudos e são usados para estraçalhar a carne. Os molares são largos e com protuberâncias e servem para mastigar. O número e o tipo de dentes variam de acordo com a alimentação de cada espécie. Os carnívoros possuem os caninos e os molares muito desenvolvidos; os herbívoros não têm caninos, já que não precisam deles para cortar o pasto.


 

Sistema nervoso

O cérebro dos mamíferos possui muitas circunvoluções ou dobras, que aumentam a superfície do órgão e o número de células nervosas. Por esta razão, os mamíferos desenvolveram um comportamento complexo, que pode ser percebido em atitudes como as estratégias de caça, o cuidado com os filhotes, a adaptação a qualquer ambiente e os diferentes sistemas de comunicação estabelecidos entre os indivíduos da mesma espécie.

Circunvoluções do cérebro

A reprodução: surge a placenta

Os sexos são separados. O dimorfismo sexual é acentuado, isto é, as fêmeas possuem características externas que as diferenciam dos machos e vice-versa. A fecundação é interna. Na grande maioria, o desenvolvimento embrionário ocorre no interior do corpo materno, em um órgão musculoso chamado útero. Surge um órgão de trocas metabólicas, a placenta organizada por tecidos maternos e tecidos do embrião. Alimentos, oxigênio, anticorpos e hormônios são passados do sangue materno para o embrionário que, em troca, transfere para a mãe excretas e gás carbônico.
A vesícula amniótica, muito desenvolvida, desempenha importante papel protetor ao amortecer choques que incidem contra a parede abdominal da fêmea e também ao possibilitar um meio aquático para o desenvolvimento embrionário. A vesícula vitelínica e alantóide perdem sua função, que passa a ser desempenhada pela placenta.

Classificação dos mamíferos

Na Terra atual existem três subclasses de mamíferos:
  • monotremados. São mamíferos primitivos cuja boca possui bico córneo e que se reproduzem por meio da postura de ovos. Os representantes atuais, os ornitorrincos e as equidnas restringem-se à região australiana (Austrália e Nova Guiné);
Ornitorrinco
  • marsupiais. Esse grupo inclui representantes da fauna australiana, como os cangurus e os coalas, e representantes norte-americanos e sul-americanos, como os nossos gambás e cuícas. Após curta fase de desenvolvimento em uma dobra da pele do abdômen da mãe, com aspecto de bolsa, o marsúpio;
Ogato-tigre, Dasyurus maculatus, um dos maiores marsupiais carnívoros da Austrália.
  • placentários. Inclui a maioria dos mamíferos, separados em ordens como a dos carnívoros, roedores, ungulados, cetáceos, quirópteros e a dos primatas, à qual pertence a espécie humana. Nesses animais, útero e placenta são bem desenvolvidos, o que permite o desenvolvimento no interior do organismo materno.