quinta-feira, 12 de maio de 2016

6º ANO - CUIDANDO DO SOLO - 2º BIMESTRE




CUIDANDO DO SOLO 
Por muito tempo, no passado, a espécie humana conseguia alimento apenas caçando, pescando e colhendo grãos, frutos e raízes. Mas, há cerca de dez mil anos, nossa espécie passou também a plantar os vegetais e criar os animais que lhe servem de alimento. Era o ponto de partida para o desenvolvimento da agricultura.
 
Com o aumento da população e a necessidade de se produzirem cada vez mais alimentos, a vegetação original das florestas e de outros ecossistemas foi sendo destruída para dar lugar ao cultivo de plantas comestíveis e à criação de animais. Hoje, o desmatamento é feito com máquinas (tratores e serras) ou com o fogo - são as chamadas queimadas, que trazem uma série de problemas.
De todas as terras emersas (fora da água) que formam os continentes e as ilhas do nosso planeta, apenas 10% aproximadamente são cultiváveis.

Muitas vezes, a atividade agrícola é feita de forma inadequada, por desconhecimento ou por falta de recursos e equipamentos. Como resultado, depois de alguns anos de produção, os nutrientes do solo se esgotam e as plantas não crescem mais.
Dependendo do tipo de solo e do tipo de plantação são necessários tomar alguns cuidados com a terra, e aplicar certos procedimentos como vamos ver a seguir.

Agricultura sustentável
A agricultura para a produção de alimentos para ser sustentável, em relação ao meio ambiente:
  • não deve causar prejuízos ao ambiente;
  • não deve liberar substâncias tóxicas ou danosas na atmosfera, nas águas superficiais ou nos lençóis freáticos;
  • deve preservar e restaurar a fertilidade do solo, prevenindo a erosão;
  • deve usar água de modo a permitir que se recarreguem as reservas aquíferas, evitando que elas se esgotem.
Produzir alimento implica também manter uma diversidade de culturas para não empobrecer o solo e usar, quando necessário, um controle biológico para as pestes, mas com cuidado para evitar a contaminação do ambiente com substâncias químicas que possam se acumular.
Dessa forma a agricultura sustentável facilita a economia local e preserva a saúde do solo e a dos seres que nele vivem.

Cuidados com o solo
Quando o solo não apresenta condições necessárias à agricultura ou quando se deseja melhorar as suas condições, alguns cuidados devem ser tomados, como adubação, rotação de culturas, aragem do solo, irrigação e drenagem.

Adubação
Adubar significa enriquecer o solo com elementos nutrientes, quando ele está deficiente de minerais. Para isso, são utilizados adubos, substâncias capazes de fertilizar o solo.
Os adubos podem ser orgânicos (por exemplo: esterco, farinha de osso, folhas, galhos enterrados) ou minerais, que são inorgânicos (por exemplo: substâncias químicas são aplicadas, como nitrato de sódio, um tipo de sal).
Há ainda a adubação verde. Algumas vezes, as leguminosas também são utilizadas como adubos. Quando crescem são cortadas e enterradas no solo, enriquecendo-os com nitratos.

Rotação de culturas
A rotação de culturas consiste de alternar o plantio de leguminosas com outras variedades de plantas no mesmo local. Dessa forma as leguminosas, pela associação com bactérias que vivem nas suas raízes, devolvem para o local nutrientes utilizados por outras plantas, evitando o esgotamento do solo.

Aragem do solo
Arar o solo é outro cuidado que se deve ter para o solo não ficar compactado, "socado".
Revolver a terra, além de arejar, facilita a permeabilidade do solo, permitindo que as raízes das plantas penetrem, no solo, além de levar para a superfície o húmus existente.
   

Minhocas - arados da natureza
As minhocas realizam um verdadeiro "trabalho" de arado no solo. Ao se movimentarem, elas abrem túneis e engolem parte da terra que deslocam, retirando daí o seu alimento.
Esses túneis, também denominados galerias, aumentam a porosidade do solo, e por isso a circulação do ar e a infiltração de água se intensificam.
As suas fezes contribuem para a formação do húmus, matéria orgânica importantíssima para a fertilidade do solo, facilitando o desenvolvimento de micro organismos decompositores ou fixadores de nitrogênio.
A minhococultura é a criação de minhocas em tanques especiais com finalidades comerciais. As minhocas são vendidas para isca, mas o húmus por elas produzido é comercializado como fertilizante para a agricultura, a jardinagem etc.
 


Irrigação e drenagem
Irrigar e drenar são alguns dos cuidados que devem ser tomados para manter o nível da umidade necessário ao solo e para garantir que ele continue fértil.
Com a irrigação, a água chega as regiões ou áreas muito secas. Já com a drenagem, retira-se o excesso de água do solo, possibilitando que ele seja arejado. Com o aumento dos poros, criam-se passagens de ar entre as partículas do solo.

Os perigos da poluição do solo

Não só os ecologistas, mas autoridades e todo cidadão devem ficar atentos aos perigos da poluição que colocam em risco a vida no planeta Terra.

O lixo
No início da história da humanidade, o lixo produzido era formado basicamente de folhas, frutos, galhos de plantas, pelas fezes e pelos demais resíduos do ser humano e dos outros animais. Esses restos eram naturalmente decompostos, isto é, reciclados e reutilizados nos ciclos do ambiente.
Com as grandes aglomerações humanas, o crescimento das cidades, o desenvolvimento das indústrias e da tecnologia, cada vez mais se produzem resíduos (lixo) que se acumulam no meio ambiente.
Hoje, além do lixo orgânico, que é naturalmente decomposto, reciclado e "devolvido" ao ambiente, há o lixo industrial eletrônico, o lixo hospitalar, as embalagens de papel e de plástico, garrafas, latas etc. que, na maioria das vezes, não são biodegradáveis, isto é, não são decompostos por seres vivos e se acumulam na natureza.
 

Lixo urbano despejado nos rios.


Lixões a céu aberto
A poluição do solo causada pelo lixo pode trazer diversos problemas.
O material orgânico que sofre a ação dos decompositores - como é o caso dos restos de alimentos - ao ser decompostos, forma o chorume. Esse caldo escuro e ácido se infiltra no solo. Quando em excesso, esse líquido pode atingir as águas do subsolo (os lençóis freáticos) e, por conseqüência contaminar as águas de poços e nascentes.
As correntezas de água da chuva também podem carregar esse material para os rios, os mares etc.


O liquido escuro é chorume que sai do dos lixos.
 

Chorume nos rios (mancha escura)


A poluição do solo por produtos químicos

A poluição do solo também pode ser ocasionada por produtos químicos lançado nele sem os devidos cuidados. Isso ocorre, muitas vezes, quando as indústrias se desfazem do seu lixo químico. Algumas dessas substâncias químicas utilizadas na produção industrial são poluentes que se acumulam no solo.
Um outro exemplo são os pesticidas aplicados nas lavouras e que podem, por seu acúmulo, saturar o solo, ser dissolvidos pela água e depois ser absorvidos pelas raízes das plantas. Das plantas passam para o organismo das pessoas e dos outros animais que delas se alimentam.
Os fertilizantes, embora industrializados para a utilização no solo, são em geral, tóxicos. Nesse caso, uma alternativa possível pode ser, por exemplo, o processo de rotação de culturas, usando as plantas leguminosas; esse processo natural não satura o solo, é mais econômico que o uso de fertilizantes industrializados e não prejudica a saúde das pessoas.
A poluição do solo, e da biosfera em geral, pode e deve ser evitada. Uma das providências necessárias é cuidar do destino do lixo.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

8º ANO - O SANGUE HUMANO - 2º BIMESTRE - 2016


O SANGUE HUMANO

Você sabia que o sangue é um tecido vivo? Que é formado por quatro componentes básicos? 
Quando foram feitas as primeiras transfusões de sangue? E, afinal, para que ele serve?
Este espaço é destinado a estudantes e pesquisadores. Aqui, você poderá esclarecer essas e 
muitas outras dúvidas sobre o sangue, seus componentes e a história da doação de sangue.

O que é sangue?


O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os 
órgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas.
plasma é a parte líquida do sangue, de coloração amarelo palha, composto por água (90%), 
proteínas e sais. Através dele circulam por todo o organismo as substâncias nutritivas 
necessárias à vida das células. Essas substâncias são: proteínas, enzimas, hormônios, fatores 
de coagulação, imunoglobulina e albumina. O plasma representa aproximadamente 55% do 
volume de sangue circulante.
As hemácias são conhecidas como glóbulos vermelhos por causa do seu alto teor de 
hemoglobina, uma proteína avermelhada que contém ferro. A hemoglobina capacita as 
hemácias a transportar o oxigênio a todas as células do organismo. Elas também levam dióxido 
de carbono, produzido pelo organismo, até os pulmões, onde ele é eliminado. Existem entre 4 
milhões e 500 mil a 5 milhões de hemácias por milímetro cúbico de sangue.
Os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos, fazem parte da linha de defesa do 
organismo e são acionados em casos de infecções, para que cheguem aos tecidos na tentativa 
de destruírem os agressores, tais como vírus e bactérias. Existem entre 5 mil a 10 mil leucócitos 
por milímetro cúbico de sangue.
As plaquetas são pequenas células que tomam parte no processo de coagulação sanguínea, 
agindo nos sangramentos (hemorragias). Existem entre 200.000 e 400.000 plaquetas por 
milímetro cúbico de sangue.
O sangue é produzido na medula óssea dos ossos chatos, vértebras, costelas, quadril, crânio e 
esterno. Nas crianças, também os ossos longos como o fêmur produzem sangue.

História do sangue


A crença de que o sangue que dá e sustenta a vida também é capaz de salvá-la vem de tempos 
remotos. Entretanto, foram necessários séculos e séculos de estudos e pesquisas para a 
ciência 
descobrir sua real importância e dar a ele uso adequado. Até chegar esse dia, prevaleceram as 
práticas fundamentadas na intuição e no senso comum.
Conta-se que, na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na arena, a 
fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia.
Defendendo a sangria na cura de qualquer doença, o médico grego Galeno, reportando-se à 
teoria de Hipócrates, também concluiu pela existência de quatro humores no corpo humano: o 
sangue, a bile amarela, a bile negra e a fleuma.
Em 1492, no Século 15, para se curar de grave enfermidade, o papa Inocêncio VIII foi 
convencido a ingerir o sangue de três jovens que acabaram morrendo anêmicos, sem que se 
conseguisse restabelecer a saúde do pontífice.

As transfusões de sangue tiveram início no Século 17


Realizadas experimentalmente em animais, a primeira transfusão de sangue é atribuída a 
Richard Lower em demonstração realizada em Oxford, em 1665.
A primeira experiência em ser humano aconteceu dois anos mais tarde em 1667, em Paris. Seu 
autor foi Jean Baptiste Denis, professor de filosofia e matemática em Montpellier e médico do rei 
Luis XIV. Tomando um tubo de prata, Denis infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine 
Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava nu pelas ruas da cidade.
Conta-se que após resistir a duas transfusões, Mauroy teria falecido provavelmente em 
conseqüência da terceira.
Um fato curioso: as transfusões de sangue nessa época eram heterólogas, isto é, com sangue 
de animais de espécies diferentes. Denis defendia a prática argumentando que, ao contrário do 
humano, o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões.
Considerada criminosa, a transfusão heteróloga foi proibida na Faculdade de Medicina de Paris 
e, posteriormente, na de Roma (Itália) e na Royal Society, da Inglaterra.

As transfusões com sangue humano datam do século 19


Embora proibidas, as experiências não foram de todo abandonadas. Em 1788 (Século 18), após 
tentativas fracassadas com transfusões heterólogas, Pontick e Landois obtiveram resultados 
positivos realizando transfusões homólogas (entre animais da mesma espécie), concluindo que 
elas poderiam ser benéficas e inclusive salvar vidas.
A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818 que, após 
realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue humano em mulheres com 
hemorragia pós-parto.

O leite e a transfusão braço-a-braço


Apesar do avanço que representava a transfusão homóloga, no final do Século 19, problemas 
relacionados à coagulação do sangue e a outras reações adversas continuavam a desafiar os 
cientistas. Para enfrentar a questão, chegou-se a utilizar leite e até sangue de cadáver em 
transfusões; porém, as experiências foram logo abandonadas. Paralelamente, desenvolveram-se 
equipamentos para a realização de transfusão indireta, além de técnicas cirúrgicas que 
permitissem a transfusão direta, utilizando-se a artéria do doador e a veia do receptor, 
procedimento que ficou conhecido como transfusão “braço-a-braço”.

A descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO


Em 1900, final do Século 19, o imunologista austríaco, Karl Landsteiner, observou que o soro do 
sangue de uma pessoa muitas vezes coagula ao ser misturado com o de outra, descobrindo o 
primeiro e mais importante sistema de grupo sanguíneo existente no organismo: o ABO.

O sangue possui antígenos e anticorpos


Existem em nosso sangue certos tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, cuja função é 
produzir proteínas especiais denominadas anticorpos. Quando micro organismos ou substâncias 
estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos 
entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do 
anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. Essa 
reação de defesa é fundamental para proteger nosso organismo contra o constante assédio de 
micro organismos causadores de doenças.

Incompatibilidade sanguínea no sistema ABO


Landsteiner percebeu que as hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue podem ter, ou não, 
aderidos em suas membranas, dois tipos de antígenos, A e B, nos quais podem existir quatro 
tipos de hemácias:
  • A: apresentam apenas antígeno A;
  • B: apresentam apenas antígeno B;
  • AB: apresentam antígenos A e B;
  • O: não apresentam nenhum dos dois antígenos.

No plasma podem existir, ou não, dois tipos de anticorpos: Anti-A e Anti-B.

Assim:

  • o indivíduo de sangue tipo A não produz anticorpos Anti-A, mas é capaz de produzir 

  • anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno lhe é estranho;

  • o indivíduo de sangue tipo B não produz anticorpos Anti-B, mas é capaz de produzir 
  • anticorpos Anti-A, uma vez que o antígeno lhe é estranho;

  • o indivíduo AB não produz nenhum dos dois anticorpos pois os dois antígenos lhe 

  • são familiares;

  • o indivíduo O é capaz de produzir anticorpos Anti-A e Anti-B, pois não apresenta 

  • em suas hemácias antígenos A e B.

A primeira transfusão precedida de exame de compatibilidade ABO foi realizada em 1907, por 
Reuben Ottenberg. No entanto, esse procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a 
partir da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).

O sistema de grupo sanguíneo Rh


Quase quatro décadas após a descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO, outro fato que 
revolucionou a prática da medicina transfusional foi a identificação, também em humanos, do 
fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus.
Na população branca, cerca de 85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por 
isso chamados de Rh+ (Rh positivos). Os 15% restantes que não o possuem são chamados 
de Rh- (Rh negativos).

Incompatibilidade sanguínea no sistema Rh


É importante conhecer o tipo sanguíneo em relação ao sistema Rh, pois também nesse caso 
podem ocorrer reações de incompatibilidade em transfusões de sangue.
Um indivíduo Rh negativo só deve receber transfusão de sangue Rh negativo. Caso receba 
sangue Rh positivo, haverá sua sensibilização e a formação de anticorpos Anti-Rh.

Eritroblastose fetal


Os anticorpos Anti-Rh são responsáveis por uma doença conhecida como eritroblastose 
fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, que decorre da incompatibilidade sanguínea 
entre a mãe e o feto (ela Rh- e ele Rh+), resultando na destruição das hemácias do feto pelos 
anticorpos Anti-Rh produzidos pela mãe.
Em 1951, eram conhecidos nove sistemas de grupos sanguíneos: Atualmente, são 23.

Organização dos bancos de sangue


Vencida a questão da incompatibilidade, a batalha enfrentada a seguir foi desenvolver 
processos 
e métodos que aumentassem a vida útil do sangue, permitindo o seu armazenamento e a 
formação de estoques.

A primeira transfusão com sangue armazenado há 26 dias foi realizada em 1918, durante a 
Primeira Guerra Mundial, na batalha de Cambrai. Atualmente, o prazo de validade do sangue 
armazenado varia de 35 a 42 dias. Através do processo de criopreservação a –65 graus 
Celsius, 
o sangue pode durar até 10 anos. Por ser muito dispendioso, esse processo só é recomendável 
para a preservação de sangues raros.
A descoberta das soluções anticoagulantes e conservantes, aliada ao desenvolvimento e 
aperfeiçoamento dos equipamentos de refrigeração, permitiu a organização dos centros de 
armazenamento de sangue.
Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona, em 1936, 
durante a Guerra Civil Espanhola. O conceito ganhou corpo e expandiu-se durante e após a 
Segunda Guerra Mundial.

7ª ANO - PROTOZOÁRIOS E ALGAS - 2º BIMESTRE - 2016

Reino dos Protistas

Os protistas são seres vivos unicelulares e eucariontes; portanto possuem núcleo individualizado, envolvido por membrana. Possuem também organelas membranosas diversas. Nesse grupo incluem-se os protozoários e as algas unicelulares.

Os Protozoários
Protozoário é uma palavra de origem grega que significa "animal primitivo". Os protozoários receberam esse nome porque, no passado, alguns deles, ao serem estudados, foram confundidos com animais.
Os protozoários são seres heterótrofos. Podem viver isolados ou formar colônias, ter vida livre ou associar-se a outros organismos, e habitam os mais variados tipos de ambiente. Algumas espécies são parasitas de seres diversos, até mesmo do ser humano.

Tipos de locomoção dos protozoários
Existem várias espécies de protozoários, e elas podem ser classificadas em vários grupos. O critério mais utilizado pelos cientistas para essa classificação é o tipo de locomoção:
  • Sarcodíneos ou Rizópodes- são protozoários que se locomovem estendendo pseudópodes, expansões em sua célula que atuam como "falsos pés". As amebas são um exemplo de sarcodíneo.

Imagem de uma ameba em microscópio eletrônico.
  • Flagelados - são os que "nadam" com auxílio de flagelos (longos filamentos que vibram e permitem a locomoção). Um exemplo de flagelado é a giardia.
 
Protozoários flagelados do gênero Leishmania causam a leishmaníase, doença que afeta 12 milhões de pessoas no mundo

  • Ciliados - são seres que utilizam cílios (pequenos filamentos ao longo do corpo) na locomoção, como o paramécio.
 
Ilustração (a esquerda) e microscopia eletrônica (a direita) de um paramécio.

  • Esporozoários- são protozoários que não possuem estruturas de locomoção. Eles são todos parasitas e causam doenças. Entre eles está o plasmódio, causador da malária.
 
Células vermelhas do sangue infectados com o Plasmodium falciparum, causador da malária (nas setas)


Para um organismo que não tem estruturas de locomoção para capturar alimento, o parasitismo é uma adaptação importante, pois lhe permite sobreviver retirando do ser parasitado os nutrientes de que necessita.

Reprodução dos protozoários
A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade. Mas algumas espécies podem se reproduzir sexuadamente.
Observe, no esquema abaixo, a reprodução assexuada de um paramécio:

Um paramécio dividindo-se em dois, reprodução assexuada por cissiparidade.


Algas unicelulares

As algas são importantes para o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos, pois são os principais produtores do alimento que nutre direta ou indiretamente os demais seres vivos aquáticos.
Além disso, as algas são os grandes fornecedores do gás oxigênio que abastece a vida aeróbia no planeta. Na atmosfera ou dissolvido na água, esse gás se origina principalmente da atividade fotossintetizante das algas, sobretudo das algas unicelulares marinhas.
Elas são responsáveis por 70% da fotossínteserealizada no planeta. A proliferação excessiva de algas vermelhas pirrófitas - também chamadas de dinoflagelados - provoca o fenômeno chamado maré vermelha, que ocorre naturalmente ou por lançamento de esgotos na água do mar. Essas algas liberam substâncias tóxicas que podem afetar os seres vivos que habitam a água e até mesmo os banhistas nas praias.
 
"Maré vermelha" provocada por Noctiluca sp.

Na água doce, se a reprodução for intensa e em reduzido tempo, as algas podem acabar se tornando um grande problema. Quando há despejo de produtos químicos de indústrias e esgotos não tratados, os resíduos adicionam à água uma quantidade exagerada de sais minerais, favorecendo a rápida multiplicação desses seres. As algas se reproduzem de tal forma na superfície da água que podem impedir a passagem de luz para as camadas mais profundas. Dessa forma, as algas que ali existem não podem fazer fotossíntese, e grande quantidade delas acaba morrendo, apodrecendo, acumulando no fundo e liberando substâncias tóxicas. A queda na quantidade de oxigênio dissolvido na água acaba também por matar animais como os peixes, cujos corpos ficam boiando na superfície.
Entre as algas unicelulares, destacaremos três grupos: o das euglenófitas, o das bacilariófitas e o das pirrófitas.

As euglenófitas
As euglenófitas também conhecidas como euglenas, são algas unicelulares que se locomovem por meio de um flagelo e vivem principalmente em água doce, mas também em água salgada.
Euglena viridis é um exemplo desse grupo de algas, possui predominantemente o pigmento verde da clorofila. Ela se reproduz por cissiparidade e, quando sua reprodução é intensa, a água pode adquirir uma coloração esverdeada.

Euglena viridis vista em microscópio óptico, os pontos verdes são os cloroplastos que podem ser vistos através da membrana que delimita a célula.

As bacilariófitas
As bacilariófitas vivem na água doce ou salgada. Em sua maioria, são representadas pelas diatomáceas, algas unicelulares dotadas de uma carapaça protetora formada de sílica e que geralmente se reproduzem por cissiparidade.
Os restos da parede celular das diatomáceas mortas podem se depositar no fundo do ambiente aquático e, com o tempo, formar uma material rico em sílica conhecido como diatomito. Esse material pode ter várias aplicações comerciais, como: confecção de certos cosméticos e pastas de dente; abrasivo fino para polimento de objetos de prata, por exemplo; fabricação de tijolos usados em construção civil.


Desenho ilustrativos das diferentes formas das diatomáceas.

Diatomitos


As pirrófitas
Também conhecidas como dinoflagelados, por serem dotadas de dois flagelos, as pirrófitas são algas unicelulares geralmente marinhas. Elas têm coloração esverdeada ou parda, na maioria das vezes, e reproduzem-se principalmente por cissiparidade; algumas têm a capacidade de emitir luz, fenômeno conhecido como bioluminescência.
A alga marinha luminescente Noctiluca sp responsável pela maré vermelha.

Doenças Causadas por Protozoários

Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãos do sistema genital e os sistema linfático também constituem locais em que os parasitas podem se instalar. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo de vida, considera-se como hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se reproduz sexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se reproduz assexuadamente.
Quase sempre o homem atua como hospedeiro definitivo; na malária, no entanto, a reprodução sexuada dos parasitas ocorre nos pernilongos que são, então, considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.
Parasitoses mais frequentes no Brasil causadas por protozoários:




9ª ANO - LIGAÇÕES QUÍMICAS - 2º BIMESTRE - 2016


Ligações Químicas:


Ligações Químicas
O tipo de ligação química que forma os compostos é que determina suas propriedades
Enunciado da regra do octeto

Ao nosso redor vemos uma grande diversidade de substâncias. Elas se diferenciam por muitos aspectos, como cor, estado físico (sólido, líquido e gasoso), cheiro, sabor, capacidade de entrar em combustão, pontos de fusão e ebulição, densidade etc.
Isso se deve à capacidade que o átomo tem de combinar com outros átomos, seja de um mesmo elemento, seja de um elemento diferente, com a finalidade de realizar ligações químicas.
Em 1920, Gilbert Newton Lewis chamou essa propriedade de chemical bond, que em português significa ligação química. Assim, a ligação química se estabelece quando átomos combinam (reagem) entre si.
No entanto, surgem algumas questões:
Por que o átomo possui essa tendência de realizar ligações químicas?
E por que determinados átomos se sentem mais atraídos em realizar ligações com átomos de certos elementos do que com outros?
Bom, a ligação química se estabelece entre os elétrons da camada mais externa da eletrosfera (camada de valência)Para tanto, duas características são essenciais:
  1. A força de atração eletrostática que existe entre as cargas elétricas de sinais opostos;
  2. A tendência que os elétrons têm de formar pares.
Em 1916, Gilbert N. Lewis e Walter Kossel observaram que, na natureza, apenas os gases nobres (elementos da família 18, VIIIA ou 0 da tabela periódica) eram encontrados isolados na natureza. Isso acontecia porque eles tinham uma característica que os outros átomos não tinham: todos os elementos dessa família (com exceção do hélio, que tem apenas uma camada eletrônica) possuem a camada de valência de seus átomos preenchida com oito elétrons. 
Associando essa observação com as ligações realizadas pelos átomos dos elementos das outras famílias da Tabela Periódica, eles criaram uma hipótese chamada de regra ou teoria do octeto, que está enunciada a seguir:
Assim, para ficar estável, o átomo troca elétrons (compartilhando ou recebendo e doando), com a finalidade de possuir oito elétrons na camada de valência. As principais ligações químicas são três:
Tipos de ligações químicas